Читать онлайн книгу «Eu Sou Seu Bicho Papão» автора T. M. Bilderback

Eu Sou Seu Bicho Pap?o
T. M. Bilderback
Algum... ou alguma coisa... est assassinando pessoas no Condado de Sardis. Algum... ou alguma coisa... est assassinando pessoas no Condado de Sardis. O Xerife Billy Napier e o Inspetor Alan Blake d?o tudo de si para encontrar o assassino antes que apare?am novas v?timas do Man?aco de Sardis. Qual o maior obstculo? Nenhuma pista foi encontrada pela equipe de per?cia. Katie Montgomery Blake e Margo Sardis, sua tia, est?o tentando ajudar, mas sem sucesso. Carol Grace Montgomery e Mary Smalls fizeram uma descoberta que vai amplificar a magia que h no Condado! Alguns recm-chegados a Sardis oferecem ajuda nas investiga??es, mas eles t?m segredos a esconder. Teria o segredo rela??o com o pai dos filhos de Phoebe Smalls Napier? Ou s mais magia? Descubra no quarto alucinante Conto do Condado de Sardis - Eu Sou Seu Bicho Pap?o - de T. M. Bilderback!


EU SOU SEU BICHO PAP?O
UM CONTO DO CONDADO DE SARDIS
Por
T. M. Bilderback
Traduzido por
Lucas Dias
Copyright 2018 por T. M. Bilderback
Fotos da capa Copyright Can Stock Photo / winnond
Design da capa por Christi L. Bilderback
Esta uma obra de fic??o. Qualquer semelhan?a com pessoas reais uma inven??o da sua imagina??o.
Todos os direitos reservados.

Sumrio
Pgina do T?tulo (#u5ba4f769-a166-5439-a0ae-f86868b52752)
Pgina dos Direitos Autorais (#u8f14afc7-755f-5326-9462-28f81615a918)
?NDICE (#u053d3d1e-2411-522b-85c4-ba57efb04763)
Cap?tulo 1 (#u8327518d-9dfb-5b3f-8887-ae3d5394b783)
Cap?tulo 2 (#uee16ad3c-08f5-5877-ab7b-e3061edc9870)
Cap?tulo 3 (#u509feac6-7361-5ec8-8108-deb391a0324f)
Cap?tulo 4 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 5 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 6 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 7 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 8 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 9 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 10 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 11 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 12 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 13 (#litres_trial_promo)




?NDICE


Direitos Autorais (#u8f14afc7-755f-5326-9462-28f81615a918)
Cap?tulo 1 (#ue1f39ff5-dca4-4f7e-8fea-2f061fd02dbe)
Cap?tulo 2 (#u2de348a0-36f9-462f-afaf-c4b7959b829f)
Cap?tulo 3 (#ud44d7ffe-592c-4a48-89b4-d0238d01e16c)
Cap?tulo 4 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 5 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 6 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 7 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 8 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 9 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 10 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 11 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 12 (#litres_trial_promo)
Cap?tulo 13 (#litres_trial_promo)
Sobre o Autor (#litres_trial_promo)
Outros T?tulos do Autor (#litres_trial_promo)




Cap?tulo 1


A mulher corria.
O corredor da escola era longo, e cada passo de sua corrida ecoava alto. Sua respira??o estava tensa e pesada.
J corria h vrios minutos, e a escola era enorme.
A mulher precisava encontrar um lugar para se esconder, e precisava encontrar rpido.
O laboratrio de biologia estava logo ? frente! Ela poderia se esconder l!
Ela abriu a porta do laboratrio, entrou e fechou-a silenciosamente. Correu os olhos pelo laboratrio, mas n?o encontrou bancadas atrs das quais pudesse se esconder. Havia, no entanto, algumas escrivaninhas, projetadas para alunos trabalharem em duplas. Ela se escondeu atrs da que ficava mais ao fundo, em frente a um grande armrio de duas portas.
? medida em que ela conseguiu acalmar sua respira??o, seus batimentos card?acos diminu?ram para o ritmo normal. Tentou detectar algum barulho, mas n?o ouviu nada. Nenhum passo tra?a seu perseguidor... nenhuma respira??o entregava sua posi??o.
A mulher soubera a respeito do Man?aco de Sardis da mesma forma que todas as outras informa??es circulavam naquela cidadezinha rural... por boatos e sussurros. Coisas como "A sogra da minha prima disse pra ela..." ou "Algum na Mackie's estava falando que...". Fofocas sem sentido nenhum.
Ao menos foi o que ela pensou.
Agora ela entendia.
Eu o despistei!
Ent?o a porta esquerda do armrio se abriu, e dela saltou o perseguidor. Ele a agarrou pelos cabelos e a ergueu, fazendo-a ficar em p. O perseguidor ent?o puxou os cabelos dela para trs, virando seu rosto para cima, e fixou seus olhos nos dela. Seu cora??o parecia querer explodir em seu peito, e seu medo tinha vida prpria.
Com uma voz gutural e grave, o assassino disse: "Eu sou seu bicho pap?o, querida, e voc? vai me enlouquecer!"
O Man?aco ent?o come?ou a realizar seu trabalho.
***


O XERIFE DO CONDADO de Sardis, William "Billy" Napier, entrou com a viatura no estacionamento da Escola Tcnica Nathaniel Sardis. Vrios policiais municipais de Perry, o mdico legista do condado e duas ambul?ncias com paramdicos j haviam chegado. Para encontrar a cena do crime bastou seguir as luzes vermelhas e azuis.
No Condado de Sardis (Onde VOC? Faz a Mgica!), a sede Perry. Das tr?s cidades oficiais do condado de Sardis, Perry era a ?nica que possu?a uma for?a policial municipal. Por decreto dos comissrios do condado, porm, o xerife era encarregado de aplicar a lei dentro de todo o condado, incluindo a cidade de Perry. Billy costumava permitir que a Pol?cia Municipal de Perry lidasse com a maioria das ocorr?ncias dentro dos limites da cidade, mas um assassinato era grande demais para Godfrey Malcolm, o delegado alcolatra.
Godfrey Malcolm era b?bado, incompetente e babaca. Costumava emitir mandados conflitantes e depois n?o se lembrava das ordens que havia dado. Outro costume era exigir aos presos da cidade que o chamassem de "Deus", o que seria demasiadamente pretensioso se ele n?o tivesse desenvolvido um ego grande o suficiente para fazer valer o apelido. Ter de dar satisfa??es a Napier irritava Malcolm. Napier era um policial honesto e tratava todos com justi?a, inclusive os prisioneiros. Malcolm, pelo contrrio, costumava passar a m?o em qualquer dinheiro que os criminosos deixassem para trs, e muitas vezes pegava tudo que os detentos da cidade pudessem ter em suas carteiras, bolsos ou bolsas, depois os desafiava a contar para algum. Havia rumores a respeito de espancamentos noturnos, mas nenhum preso jamais havia apresentado queixa ou admitido que Malcolm tivesse alguma rela??o com os fatos.
Alguns chegaram a contar... para Billy. Mas, como o dinheiro desaparece facilmente, Billy nunca conseguiu encontrar outra evid?ncia alm da palavra da pessoa que apresentou a queixa. Qualquer pedra que estivesse sobre o local em que Malcolm enterrara seu tesouro roubado ainda n?o se revelara ao mundo, mas Billy era um homem paciente. Como Malcolm era contratado pelo Munic?pio de Perry, Billy n?o podia demiti-lo, e isso o irritava, pois havia poucas coisas que ele odiava mais do que um policial desonesto, brutal e b?bado.
Billy n?o viu o carro de Malcolm estacionado no campus. Deve estar dormindo em algum lugar.
Billy saiu do carro e ajustou seu coldre. Fechou e trancou a porta da viatura. Todo cuidado pouco. Esses ladr?es malditos est?o por toda parte.
Billy caminhou at a porta de entrada, onde dois policiais municipais faziam a guarda.
Bom dia, rapazes disse o xerife ao acenar para eles.
Bom dia, Xerife disseram os dois policiais, quase em un?ssono.
Um dos policiais abriu a porta para Billy.
Obrigado disse o xerife ao adentrar o prdio.
Ao caminhar pelo longo corredor, Billy notou como seus passos faziam um barulho oco. Som esse que foi suprimido pelo das vozes conforme se aproximava da cena. Mais dois policiais estavam de guarda do lado de fora do laboratrio de biologia.
Bom dia, Xerife disse um policial. O outro cumprimentou com a cabe?a.
Bom dia respondeu Billy.
Ele interrompeu a caminhada logo antes da porta.
Muito feio?
O policial que havia falado assentiu.
Sim. Mais um picadinho do Man?aco de Sardis.
Ei, parem com isso! N?o quero que a imprensa comece a publicar apelidos, muito menos vindos da prpria pol?cia! Estamos entendidos?
O policial calado assentiu, e o outro disse timidamente:
Sim, xerife.
Obrigado disse Billy, e passou pela porta do laboratrio de biologia.
A cena que vislumbrou era grotesca, mas de certa forma organizada. A v?tima fora empalada, provavelmente pelo assassino, em uma srie de ganchos de pendurar jalecos que estavam parafusados em uma parede. Suas m?os estavam estendidas e tambm espetadas nos ganchos, e seus ps haviam sido pregados ? parede de tijolos com um pit?o de escalada. Os ps da v?tima estavam descal?os e haviam sido pregados um por cima do outro, de modo que a cena se assemelhasse a uma crucifica??o. A cabe?a da mulher estava presa com fita adesiva na parede, com uma tira que passava sobre a testa. Espinhos foram colados ou presos de alguma outra forma ? fita adesiva, incrementando ainda mais a imagem da crucifica??o. Claramente foi do outro lado da sala que a sua garganta fora cortada, ao lado de um armrio de duas portas, embora n?o houvesse tanto sangue em frente a ele. Parecia que, uma vez que a v?tima havia sido empalada nos ganchos, seu abdome e peito foram abertos com um instrumento cortante. Seus rg?os foram dispostos em um padr?o circular no ch?o, envolvidos por um cora??o moldado com o intestino. Escritas acima de sua cabe?a, na parede branca, estavam as palavras: "Eu so seu bixo papao". As palavras com erros ortogrficos foram escritas com o que parecia ser o sangue da v?tima. A v?tima perdera tanto sangue que seu corpo adquirira um tom cinza fantasmagrico. O cora??o, no entanto, estava faltando.
O fotgrafo que trabalhava para o Instituto de Criminal?stica do Condado de Sardis, Ted Baker, tambm era fotgrafo da equipe do Sentinela de Sardis. H muito tempo, Billy o advertira sobre o conflito entre os empregos.
Teddy, se voc? decidir aceitar os dois trabalhos, ter que aprender a calar a boca de vez em quando. Voc? tirar fotos para a pol?cia e para o jornal do condado n?o significa que voc? tenha exclusividades. Na maioria das vezes, n?o haver problemas. De vez em quando, porm, voc? ter acesso a informa??es que n?o ser?o liberadas ao p?blico... at que eu d? a permiss?o. Combinado?
Combinado respondeu Ted, obviamente omitindo sua disposi??o a quebrar esse acordo, se isso pudesse alavancar sua carreira jornal?stica.
Ted agora tirava fotos da cena do crime. O mdico legista, Kenneth Pirtle, instru?a Baker sobre quais ?ngulos ele queria. A equipe de per?cia aguardava a aprova??o de Pirtle, mas Billy n?o confiava muito neles. Este era o terceiro assassinato atribu?do ao Man?aco, e o xerife ainda n?o tinha recebido nenhuma informa??o relevante. Nos tr?s assassinatos, cada uma das v?timas havia sido exibida da mesma maneira, com os rg?os no centro de um cora??o feito a partir do intestino. A maior parte do sangue de cada v?tima havia sido drenada e o cora??o de todas estava faltando.
E, nos tr?s assassinatos, as mesmas palavras incorretas, escritas na parede com o sangue da v?tima.
Billy se perguntava se o erro de ortografia era intencional.
Billy chamou Pirtle:
Ei, Kenny!
Pirtle cumprimentou o xerife com um aceno enquanto passava ao fotgrafo os ?ltimos ?ngulos que queria para as fotos da cena do crime. Quando terminou de explicar, Pirtle se aproximou de Billy.
Muito macabro, Billy disse Pirtle.
Voc? n?o tem nada para mim ainda, por acaso?
Claro que sim, Billy, temos um sac?o cheio de porcaria nenhuma para voc?. N?o tem DNA, nem cabelo, nem pele sob as unhas da v?tima. Nada. Talvez o laboratrio encontre alguma coisa, mas se for como os dois ?ltimos... Pirtle deu de ombros.
Billy balan?ou a cabe?a, com os lbios apertados.
Kenny, voc? tem que encontrar algo que eu possa usar. Uma hora isso vai vazar pra imprensa, e as pessoas v?o querer a minha cabe?a se eu n?o descobrir quem o responsvel.
E voc? acha que eu n?o sei disso? N?o houve nada que a per?cia pudesse nos dar, e quando digo nada, nada mesmo. Eu j trouxe o pessoal do laboratrio estadual aqui, e mesmo assim ainda n?o tive sorte ele balan?ou a cabe?a em desgosto quase como se assassino fosse um fantasma, ou algo assim.
Billy manteve a boca fechada. Ele sabia muito bem que poderia realmente ser algo sobrenatural ou relacionado a magia, mas ele mantinha suas op??es em aberto. E sua boca fechada.
Billy tinha visto em primeira m?o o que acontece quando h magia envolvida, e nem sempre bonito. Sua enteada, Mary, e Carol Grace, enteada de Alan (seu melhor amigo), tinham algum tipo de poder m?stico, e Alan era casado com Katie Ballantine Montgomery. Katie era descendente da fam?lia Sardis e era uma bruxa. Sua tia-av, Margo Sardis, era uma bruxa igualmente poderosa. Katie dissera a Alan que Margo uma vez vendera um feiti?o ao velho Ricky Jackson, e esse feiti?o havia conjurado um C?o do Inferno. O pentagrama que restringia o C?o havia sido acidentalmente quebrado, o soltando... e deixando aberto um portal para o Inferno. De acordo com o que Margo dissera a Katie, muitos seres do Inferno cruzaram aquele portal e agora moravam no Condado de Sardis.
E desde ent?o ningum viu o velho Ricky Jackson.
Billy tinha visto Mary e Carol Grace unirem seus poderes contra os g?ngsteres da fam?lia criminosa Giambini quando estes invadiram a Fazenda Junior Ballantine, e achou incr?vel que essas coisas existissem neste mundo... sem que ningum soubesse.
Ningum com um pingo de credibilidade, pelo menos.
Mas Billy acreditava com todas as suas for?as. N?o tinha escolha, afinal convivia com isso.
Phoebe insistiu para que Mary seguisse os ensinamentos de Margo Sardis sobre como controlar a magia que residia dentro dela e da amiga, e Bill teve que concordar. Mary precisava aprender como manter a magia confinada dentro de si.
Agora, era poss?vel que ele estivesse lidando com magia novamente... desta vez, no trabalho.
E n?o era coisa boa. N?o dessa vez. Pessoas estavam morrendo. Pessoas honestas que n?o mereciam t?o terr?vel destino.
Quando seus pensamentos saltaram de um assunto para outro, Billy percebeu que ele poderia ligar para Alan e pedir que viesse at o local. Era extremamente necessrio.
***


CAROL Grace! Voc? vai perder o ?nibus, mocinha!
Sim, mam?e!
Des?a j aqui, mocinha!
Alan sentou-se ? mesa da cozinha e sorriu diante da frustra??o de sua nova esposa.
Se tivermos que levar essa garota para a escola mais uma vez este m?s, eu vou coloc-la de castigo, ou n?o me chamo Katie Blake!
Katie Blake. Eu definitivamente gosto do som desse nome Alan sorriu onde voc? o encontrou, Katie?
Katie sorriu ao olhar para o marido.
Um policial me deu. Ele disse que n?o estava sendo usado corretamente e queria ver se eu poderia tomar conta dele.
Ela se sentou ? mesa, em sua cadeira.
Hmmm... e voc? est tomando conta dele direitinho?
Katie sorriu.
Ainda n?o tive nenhuma reclama??o.
Alan se inclinou em dire??o ao rosto de Katie.
Nenhuma.
Ele come?ou a beij-la. Ao tocar de suas l?nguas, ele sentiu uma leve nota do sabor do pedacinho de bacon que Katie comera enquanto cozinhava, e sentiu tambm o sabor de menta da pasta de dente. Mais do que tudo, ele sentiu o sabor de Katie, e ent?o eles perderam a no??o do tempo.
Meu Deus, voc?s dois podem parar com essa pega??o na cozinha? t?o nojento!
Alan se afastou e olhou nos olhos de Katie novamente.
S uma, talvez...
Ele olhou para Carol Grace.
O pai de Carol Grace, Mark Montgomery, morrera alguns anos atrs por conta de um aneurisma cerebral. Ele deixara o dinheiro de um seguro de vida, e o rendimento desse dinheiro ajudou Katie a cuidar de Carol Grace. Mas, quando Katie foi demitida da empresa em que trabalhava, sua mente voltou-se ? fazenda deixada para ela por sua av, Nebbie Ballantine. Seu av? se chamava Arthur "Junior" Ballantine, e a fazenda recebera o nome dele. Ela manteve a Fazenda Junior todos esses anos e pagou todos os impostos. Era dela, e estava pronta para morar. Ent?o, quando a demiss?o aconteceu, Katie empacotou suas coisas e as de Carol Grace e voltou para o Condado de Sardis.
Aps sua mudan?a, Alan Blake, ex-capit?o do time de futebol americano da antiga escola de Katie, tambm se mudou de volta para o Condado de Sardis. No entanto, ele n?o teve escolha... ele era policial na cidade grande e prendera Moses Turley, o membro da fam?lia mafiosa Giambini encarregado de organizar jogos ilegais de p?quer, e seus homens por atentarem contra a vida dele e de outro policial. Mickey Giambini n?o queria ser vinculado a ele no julgamento, ent?o ordenou que Turley e seus homens encontrassem e eliminassem os dois policiais. Os capangas de Giambini encontraram o parceiro de Alan, James Winstead, e o mataram... mas n?o antes que o homem revelasse aos criminosos que Alan poderia ser encontrado no Condado de Sardis.
Velho amigo de Alan, o xerife Billy Napier tambm participara do time de futebol americano do Colgio de Perry e convencera Katie a dar a Alan um lugar para se esconder em troca de trabalho na fazenda.
Nessa mesma poca, Katie conhecera a velha bruxa, Margo Sardis. Margo dissera que Katie e Carol Grace eram descendentes da fam?lia Sardis e que possu?am magia dentro delas. Katie come?ou ent?o a aprender a manifestar sua magia.
Carol Grace tambm estava mostrando sinais de poderes mgicos crescentes, mas os poderes se multiplicavam quando estava prxima de sua colega de escola e melhor amiga, Mary Smalls. Mary aparentemente tinha magia dentro dela tambm... mas ningum sabia de onde vinha. Sua m?e, ex-colega de escola de Katie, Phoebe Smalls, n?o tinha poderes mgicos... mas ningum, incluindo Phoebe, tinha ideia alguma de quem poderia ser o pai de Mary. Phoebe era uma alcolatra em reabilita??o.
Katie e Alan se apaixonaram profundamente e, juntos, reacenderam o amor de Billy Napier e Phoebe Smalls.
Durante uma reuni?o das duas fam?lias, Moses Turley atacou a casa da fazenda utilizando um t?nel que passava por baixo da propriedade. Carol Grace e Mary chegaram bem a tempo de impedir que os mafiosos matassem Alan e todos os outros. Elas estavam inconscientemente de m?os dadas e pareciam estar sob dom?nio por alguma for?a sobrenatural. Usaram o poder mental para expulsar os bandidos da casa. Do lado de fora da casa, uma legi?o de dem?nios esperava pronta para devorar os quatro criminosos. A terra se abriu e engoliu o carro deles. Depois disso, as duas meninas ca?ram no ch?o, talvez desmaiadas ou em profundo sono.
No dia seguinte, ocorreu um casamento duplo. Xerife Napier e Phoebe Smalls haviam se casado, assim como Katie e Alan.
Desde ent?o, a velha Margo Sardis ensinava Katie mais e mais sobre magia, e tambm as duas meninas. Margo era muito cautelosa com as duas garotas, e n?o falava muito com Katie sobre elas... mas Katie podia dizer que algo nas duas preocupava Margo. Katie pensou em perguntar ? velha tia, mas percebeu que Margo diria a ela quando fosse a hora... e nem um minuto antes.
Alan j havia entrado em contato com um advogado em Perry para registrar Carol Grace como filha adotiva. Katie aceitara com todo cora??o, pois Carol Grace amava muito Alan, e Alan amava Carol Grace. Parecia a coisa certa a se fazer.
A audi?ncia de ado??o seria no final do m?s, dali apenas uma semana.
Katie virou-se para a filha.
Onde fica o ambiente de pega??o aprovado por Carol Grace? Alan e eu iremos para l, se isso te alegrar.
Eeeca!
Carol Grace colocou no prato uma colherada de ovos mexidos e cobriu com um pouco de manteiga e pimenta. Serviu-se tambm de um peda?o de torrada e duas fatias de bacon.
Talvez l fora, no chiqueiro?
Ela deu uma risadinha.
Acho que n?o Alan enrugou o nariz O fedor l quase t?o forte quanto no armrio da Carol Grace.
Ele simulou ?nsia de v?mito.
Tiquinha, a cadela da ra?a Boston Terrier que Billy Napier dera a Carol Grace, desceu as escadas e entrou na cozinha. Ela deu um latido e Carol Grace jogou-lhe um peda?o de bacon.
A menina devorou o caf da manh? e limpou a boca com o guardanapo. Pulou bruscamente e anunciou:
Tenho que correr. O ?nibus vai chegar em um minuto.
Ela deu um beijo na bochecha da m?e e um no topo da cabe?a de Alan.
Tchau! Amo voc?s!
Quando chegou na porta dos fundos, ela gritou:
Tchau, Tiquinha! Fique boazinha!
Tiquinha latiu como se reconhecesse o comando.
A porta de tela da varanda dos fundos bateu com for?a e Alan estremeceu.
Aps realizar seus pronunciamentos, o arauto real parte.
Katie riu.
Alan tinha acabado de encher a boca com ovos mexidos e torradas quando o celular tocou. Ele olhou para o identificador de chamadas e disse:
o Billy.
Atendeu ? liga??o:
Oi, Bill! Espero que Phoebe tenha preparado um caf da manh? t?o bom quanto o que a Katie fez para mim!
N?o acho que eu conseguiria tomar caf da manh? agora, Alan. Escute, preciso que voc? venha me encontrar.
Alan captou o tom srio na voz de seu amigo e entendeu no mesmo instante.
Mais um?
Sim.
Onde?
Na Escola Tcnica.
Logo estarei a?.
Obrigado, velho amigo.
Alan desligou o telefone.
Pelo que ouviu da conversa, Katie percebeu que Alan precisava ir.
outro daqueles assassinatos?
Alan fitou os olhos de sua esposa.
Sim. Deve estar muito feio. Billy parecia consternado.
Katie assentiu, mas sentiu um calafrio.
Tudo bem. V. Mas tenha cuidado, Alan.
Alan come?ou a pegar mais uma colherada de ovos, mas mudou de ideia. Melhor n?o. Se revira o est?mago do Bill, provavelmente tambm revirar o meu. Levantou-se para subir e vestir seu uniforme. Quando ele se virou para sair da mesa, viu uma mulher muito velha atrs dele. Ele deu um pulo de susto e disse:
Uooou!
Katie come?ou a rir. Com gosto.
Alan colocou a m?o no peito. A outra m?o estava no encosto da cadeira.
Caramba, Tia Margo, voc? precisava entrar t?o sorrateira assim?
A mulher velha, tambm conhecida como Margo Sardis, riu. Sua risada soou como uma gargalhada.
N?o fui sorrateira, Alan. Acabei de entrar pela porta dos fundos, mas talvez n?o tenha feito barulho suficiente.
Katie, ainda rindo, disse:
Ela fez sim, Alan. Eu a vi entrar.
Alan, balan?ando a cabe?a em reprova??o a si mesmo e a seu nervosismo, estendeu os bra?os e abra?ou a velha bruxa.
Bom dia para voc? tambm, Tia Margo Ent?o a soltou Agora, se as duas maravilhosas senhoras bruxas me d?o licen?a, eu tenho que ajudar Billy a pegar um assassino.
Assassino? Margo falou abruptamente Mais uma v?tima?
Alan assentiu.
Sim, Senhora.
Os olhos de Margo se estreitaram.
Tenha cuidado, Alan Blake. Este assassino pode n?o ser humano.
Alan parou na porta que dava para a sala e as escadas.
Voc? tem certeza disso, Tia Margo?
A idosa balan?ou a cabe?a.
N?o. Mas minha incerteza n?o por falta de investiga??o. Se eu descobrir alguma coisa, aviso voc? imediatamente.
Alan concordou com a cabe?a.
Por favor. Precisamos acabar logo com isso.
Ele come?ou a subir as escadas, mas parou e se inclinou de volta em dire??o ? cozinha.
Margo?
A velha senhora olhou para ele.
Voc? tem sequer alguma ideia de quantas criaturas do Inferno entraram pelo portal sobre o qual voc? nos falou?
O rosto de Margo amoleceu e Alan pensou ter visto uma pequena pitada de medo ali. Ela balan?ou a cabe?a e disse:
Deus me ajude, Alan, eu n?o sei. Podem ter sido algumas, ou algumas centenas. Infelizmente n?o sei dizer.
Alan compartilhou um olhar com Katie, e ent?o olhou de volta para Margo.
Eu me sentiria melhor se voc? ficasse aqui conosco, Tia Margo. melhor do que estar sozinha na floresta, mesmo que sua casa esteja camuflada com espelhos. Pelo menos, eu teria a ilus?o de que estaria mais segura.
Margo abriu a boca para recusar educadamente a oferta, mas parou. Finalmente, ela disse:
Vou pensar no caso, sobrinho, se a oferta for de cora??o.
Alan encontrou os olhos da anci?.
Sim, ela . Fique, por favor ent?o mudou o assunto Ok, eu tenho que ir.




Cap?tulo 2


Em algumas manh?s, Phoebe Smalls Napier achava realmente dif?cil organizar as crian?as para que sa?ssem de casa em seguran?a a tempo de seu turno na Mackie's.
Quando Phoebe e Billy se casaram, Billy tentou convencer Phoebe a deixar o emprego de operadora de caixa. Como xerife, Billy ganhava dinheiro suficiente para manter a fam?lia alimentada, vestida e com uma casa para morar. Sua cria??o de Boston Terriers tambm era uma renda extra... mais do que suficiente para sustentar a fam?lia.
Phoebe se recusou a deixar o emprego. Ela explicou a Billy os reais motivos, para que ele n?o pensasse que se tratava de dinheiro.
Bill, o trabalho me mantm s? e sbria. Se eu n?o tivesse esse emprego, o que eu faria nos dias em que voc? estivesse no trabalho e as crian?as na escola? Eu teria interminveis horas vazias para preencher... e um alcolatra em recupera??o n?o precisa de tempo para ficar sozinho com seus pensamentos. Geralmente, o que os faz voltar a beber.
Ela abra?ou o marido e continuou:
Ent?o, ao invs de dar chance ? tenta??o, vou trabalhar na Mackie's. Isso vai me manter com os ps no ch?o, e eu estarei logo ali na cidade se voc? precisar de mim.
Billy, descontente, concordou.
Mas ele tambm conversou com Martin Mackie, neto do fundador da loja, e pediu que ele mantivesse Phoebe livre nos fins de semana e apenas com escalas diurnas. Martin concordou, e assim todos ficaram felizes.
A menos que as coisas virassem uma completa confus?o em uma manh? de dia de semana. Quando isso acontecia, ningum ficava feliz.
Pam! Larga esse telefone e me ajude com os pequenos!
Phoebe estava tentando fritar alguns ovos para Mary.
Pamela, a mais velha de Phoebe, estava no ?ltimo ano do ensino mdio. Seu cabelo era castanho com mechas loiras. Seus olhos eram azuis, quase como gelo. Seus lbios n?o eram muito grossos, mas n?o chegavam a ser finos. Ela era uma jovem muito bonita aos dezoito anos, e sua semelhan?a ? sua irm? Mary era impressionante. Quase como se Mary fosse uma mini Pamela. Muitas pessoas comentavam isso.
Mary era a segunda mais velha, com treze anos.
Catherine, a terceira mais nova, lembrava Phoebe e as meninas mais velhas, mas algumas diferen?as na apar?ncia denunciavam que Catherine tinha outro pai. Ela tinha dez anos.
Derek, o ca?ula de oito anos, tinha uma ligeira semelhan?a com sua m?e e com sua irm? Catherine.
O homem que os dois filhos mais novos chamavam de "papai" era um ex-namorado de Phoebe, um viciado em drogas chamado John Clark. John estava em um laboratrio de metanfetamina do outro lado da cidade e experimentou um pouco do produto que ele e seu irm?o in?til haviam recm preparado. A droga estava muito forte, e os dois irm?os morreram quase instantaneamente por overdose.
Ao menos foi o que disseram. Billy n?o conduzira esta investiga??o. Ele estava de frias na poca e as mortes ficaram sob jurisdi??o da pol?cia do munic?pio. Isso significava que Godfrey Malcolm estava no comando.
Isso tambm significava que as mortes poderiam ter sido qualquer coisa.
As duas meninas mais velhas n?o sabiam quem eram seus pais.
Phoebe tambm n?o.
Quando as duas filhas mais velhas foram concebidas, Phoebe estava desmaiada por beber demais... ou tomar muitos analgsicos... algo assim. O fato que n?o conseguia se lembrar, e isso provavelmente n?o faria diferen?a. Pam fora concebida durante o ?ltimo ano de Phoebe no ensino mdio. Apesar das brigas dirias com a m?e, Phoebe vencera e manteve o beb?.
Cinco anos depois, veio Mary.
As duas vieram de situa??es id?nticas. Embora as meninas tivessem nascido com cinco anos de diferen?a, seus aniversrios se separavam por apenas alguns dias.
E Mary possu?a magia.
Quando Mary estava com Carol Grace Montgomery, emanava uma magia poderosa.
J Pam n?o possu?a poderes. Pelo menos at onde Phoebe sabia.
?s vezes, ao pensar sobre isso, Phoebe lembrava que as duas concep??es eram muito parecidas entre si, mas com intervalo de cinco anos... como se Mary fosse uma segunda vers?o de Pam. Uma nova tentativa.
Mas, se isso fosse verdade, isso significaria que algum... algo... havia estuprado Phoebe duas vezes para tentar produzir uma crian?a com poderes mgicos.
Isso significaria que Phoebe fora escolhida, por algum motivo, para carregar uma filha da magia.
E isso a assustava at o ?mago.
Mas, nesta manh?, seu medo era duplo. Um deles era colocar as quatro crian?as no ?nibus escolar a tempo.
O outro era o Man?aco de Sardis.
Billy n?o tinha contado muito a Phoebe sobre os assassinatos. Ela sabia que ele n?o queria preocup-la.
Outras pessoas, no entanto, falavam, e a fofoca corria solta em cidades pequenas. Phoebe trabalhava no Centro Oficial de Fofocas do munic?pio. Seu cargo como caixa na Mackie's lhe permitia ouvir todo tipo de coisa.
Alguns diziam que o assassino era o velho Ricky Jackson, o homem que estava desaparecido h algum tempo e cuja casa havia queimado. Outros diziam que pensavam ser Margo Sardis, o que Phoebe sabia de fato que n?o era verdade. E alguns sussurravam que poderia ser obra de dem?nios, e Phoebe achava que essa poderia realmente ser uma possibilidade.
Quem ou o que quer que fosse o assassino, Phoebe estava assustada. Ela estava com medo por seus filhos, por Billy e Alan e por todos que viviam no Condado de Sardis.
M?e, eu tenho que trabalhar esta noite. Das cinco ?s nove.
Pam trabalhava em uma loja enorme que era franquia de uma multinacional, mas que n?o podia contar ningum no Condado de Sardis como cliente. Ou melhor, ningum do Condado de Sardis. Visitantes no munic?pio costumavam fazer compras l, principalmente porque estavam acostumados a comprar coisas de lojas cujos nomes terminavam com "Mart". Mesmo que a grande franquia oferecesse descontos em tudo, vendendo de mantimentos a ferramentas e pneus muito abaixo dos concorrentes locais, eles n?o conseguiram atrair os moradores para a loja. As pessoas que trabalhavam l tiravam bastante poeira e empurravam coisas de um lado para o outro. Ningum se incomodava ao trabalhar l eles ficariam felizes em receber dinheiro para nada e ningum devolvia o dinheiro.
Vou dizer a Billy para busc-la ?s nove disse Phoebe, colocando os ovos de Mary em um prato.
Posso pedir a Jeff que me traga para casa.
Vou me sentir melhor se Billy for te buscar, querida. N?o tenho nada contra o Jeff, mas at Billy pegar esse assassino, quero que venha com ele.
Phoebe olhou para a filha mais velha.
Fa?a as vontades dessa velha senhora, t bom?
Pam sorriu.
Tudo bem, m?e. Diga a Billy que estarei na porta da frente ?s nove.
Mary colocou uma grande colherada de ovo na boca e disse:
E n?o se esque?a de que vou ? casa de Carol Grace esta tarde depois da escola. Tia Margo tem mais li??es para ns.
N?o fale com a boca cheia, Mary. Me ligue quando chegarem l, ouviu? E diga a Kate que combinaremos algo para este fim de semana.
Sim, Senhora.
Mam?e? disse Derek.
Sim, beb??
Catherine e eu vamos ? casa da Vov novamente depois da escola?
Sim, garot?o, voc?s v?o.
Pam cutucou os dois pequenos, que tinham acabado de comer.
Vamos, seus pirralhos! Vamos para fora esperar o ?nibus.
Mary enfiou a ?ltima colherada de seus ovos na boca e disse:
Ei! Esperem!
Se cuidem! gritou Phoebe Amo voc?s! N?o fale com a boca cheia, Mary!
Phoebe percebeu ent?o que estava conversando com uma porta fechada. As crian?as j haviam sa?do.
Um sentimento de pavor fez ccegas no fundo de sua mente enquanto ela fritava um ovo para seu prprio caf da manh?. Ela comeu em sil?ncio. Quando terminou, colocou o prato na pia, pegou a bolsa, suas chaves e foi trabalhar.
***


ENQUANTO ALAN DIRIGIA pela estrada a caminho da Escola Tcnica Nathaniel Sardis, passou pelo que parecia ser um enorme canteiro de obras. Equipamentos de transporte de terra, escavadeiras, guindastes, caminh?es basculantes e homens com capacetes de seguran?a estavam espalhados pelo local de vinte acres. Parecia que eles estavam cavando um buraco enorme no ch?o, ou j o haviam conclu?do. Ao passar pelo local, n?o conseguiu decidir se haviam ou n?o terminado.
Interessante. Isto novidade. Eu passei aqui h tr?s dias e n?o havia nada alm de um campo. Me pergunto o que isso vai ser...
Ele fez uma anota??o mental para perguntar a Billy mais tarde. Talvez o xerife soubesse algo a respeito.
Fosse o que fosse, parecia ocupar uma enorme por??o do campo que l estivera. E, por causa das rvores ao longo da estrada, o local de trabalho era vis?vel apenas em uma pequena rea ao longo da estrada, a qual era usada como acesso de ve?culos ao campo.
Ao continuar seu caminho, Alan voltou a pensar nos assassinatos.
Precisamos pegar este cara. Espero que n?o seja um ataque pessoal a nenhum de ns desta vez. N?o quero reviver a noite em que Moses Turley invadiu a casa da fazenda. N?o sei qual poder as garotas possuem ou se o poder que as possui, mas n?o quero me arriscar a desencade-lo novamente.
***


CLIFF ANDERSON ABRIA seu escritrio imobilirio prontamente ?s oito horas da manh? e hoje n?o era exce??o.
Cliff possu?a e administrava a Anderson Imveis e Leil?es (A MELHOR do Condado, gritava a placa acima da porta) e comandava uma equipe de dez funcionrios. Com exce??o de sua secretria, nenhum outro empregado chegava antes das nove. Cliff aproveitava o tempo sozinho pela manh? e gostava de lidar pessoalmente com os clientes ansiosos que ?s vezes chegavam bem cedo.
Arlene Looper, secretria de Cliff, trabalhava para ele h quinze anos. Ela era muito boa em seu trabalho. Chegava um pouco antes das oito da manh? para fazer caf e preparar seu dia.
Cliff ficava de olho nas pernas de Arlene. Eram belas pernas, e ele sonhava em um dia v?-las em volta de sua cintura. Ocasionalmente, ele lan?ava um olhar para os peitos de Arlene, apenas para se certificar de que eles se mantinham da maneira que os peitos de uma mulher linda deveriam se manter, mas as pernas em volta da cintura comandavam a maior parte de seus devaneios. Ele sonhara acordado com isso todos os dias em que Arlene trabalhou para ele. S uma coisa o impedia de perseguir esse sonho, e n?o era o medo de assdio sexual ou uma acusa??o de comportamento inadequado no local de trabalho.
Arlene morava em Londres, a cidade mais ao sul do Condado de Sardis.
Cliff tinha um medo mortal de Londres.
Nada que ele realmente pudesse identificar. Algo naquela cidade de fim de mundo o fazia borrar as cal?as. Ele podia sentir a respira??o acelerar quando se aproximava do pequeno munic?pio, e arrepios saltitavam em sua pele. Uma vez que ele passasse pela placa que anunciava os limites da cidade, seus pelos eri?avam e ele come?ava a suar profusamente, um suor nervoso e fedorento. Cliff um dia decidiu que nunca mais iria voluntariamente a Londres, por motivo nenhum. Quaisquer negcios imobilirios em Londres agora eram delegados a um de seus funcionrios.
O pensamento de ir a Londres buscar Arlene para um encontro, ou lev-la para casa depois, n?o era um pensamento divertido na cabe?a de Cliff.
Se Arlene tinha ideia da maneira como Cliff a desejava, n?o dava nenhum sinal.
Mas...
?s vezes, quando Cliff n?o estava olhando, Arlene olhava para ele. Ela abria um largo sorriso, como se estivesse se divertindo... ou olhando para uma presa.
Ent?o um brilho amarelado parecia atravessar suas ?ris... um brilho amarelado quase selvagem.
Mas naquela manh?, antes que Cliff se sentasse em sua mesa para iniciar o ritual dirio de observa??o do andar quase furtivo de Arlene, o sino sobre a porta da frente tocou e um cliente apareceu.
A cliente era uma mulher bela e de baixa estatura, com cabelos loiros e um leve toque de sardas atravs do dorso do nariz.
Cliff se afastou da cafeteira com um sorriso no rosto e atravessou o escritrio em encontro ? mulher.
Bom dia! Meu nome Cliff Anderson. O que posso fazer por voc? esta manh??
Cliff esperava que a jovem perguntasse sobre aluguel de apartamentos, ou talvez uma casa barata que pudesse ser alugada por algumas semanas. Ele nunca a tinha visto antes e, por causa disso, achava que devia ser uma funcionria da loja multinacional.
Quando ela lhe disse o que estava procurando, a curiosidade de Cliff despertou.
Ol. Estou procurando uma fazenda. Ela precisa ter no m?nimo cem acres de pasto, uma grande casa e celeiro. Trarei, muito em breve, gado de Carson City, Nevada, e preciso de um lar para eles. Pagarei em dinheiro, se isso ajudar a acelerar o processo.
Em nome de sua credibilidade, Cliff segurou seu queixo para que n?o ca?sse at o peito.
***


AH, ISSO ruim disse Alan. Ele tentava manter o caf da manh? no est?mago enquanto olhava a cena do crime.
Billy assentiu.
Voc? j viu algo ruim assim na cidade grande?
Alan pensou por um minuto. Ent?o, assentiu.
Uma vez. Ajudei a limpar uma casa de fazenda usada por Esteban Fernandez. Tinha sido queimada, mas havia dois caras da DENARC mortos no por?o. Eles tinham virado picadinho. Atribu?mos a autoria a Fernandez, mas os federais silenciaram tudo. A cena era com certeza t?o feia quanto essa.
Nada fora removido. Billy queria que Alan visse a coisa toda na vida real, n?o em fotos. Billy pensou que ele poderia ver algo que todos tinham deixado passar batido.
Alan respirou fundo tr?s vezes para se acalmar e ent?o come?ou a estudar minuciosamente a cena. Metodicamente, ele examinava cada detalhe antes de seguir em frente. Quando decidiu que estava pronto, colocou chinelos de papel sobre os sapatos para n?o contaminar nenhuma evid?ncia microscpica. Gradualmente, foi em dire??o aos restos da jovem. Estudou a coloca??o de cada rg?o. Estudou a forma de cora??o de namorados feita com o intestino dela. Interrompeu a caminhada, analisando cuidadosamente. Ele voltou-se para Billy.
N?o h les?es no intestino. Percebeu isso?
Billy balan?ou a cabe?a.
N?o.
Olha Alan apontou para uma parte do intestino Aqui onde o intestino delgado foi desconectado do est?mago Ent?o apontou para a parte do intestino que repousava ao lado da parte anterior E esta a parte que foi desconectada do intestino grosso.
Alan olhou para o mdico legista.
Estou certo?
O legista concordou.
Ent?o, n?o houve rasgo. Nem separa??o. Nem tor??o.
Billy ficou confuso.
E da??
Alan olhou para ele.
Isso significa que quem fez isso retirou os intestinos aos poucos enquanto moldava o cora??o. Os intestinos n?o estavam emaranhados, nem rasgados ou cortados. Isso demanda muita concentra??o ou ent?o muita sorte. E levou tempo. As duas metades do cora??o s?o id?nticas. N?o s?o nem um pouco desiguais. Deve ser muito complicado conseguir isso numa situa??o dessas.
O que voc? acha do padr?o dos rg?os?
Alan os estudou por algum tempo. Ele balan?ou a cabe?a.
N?o fa?o idia, Billy.
Ok, quem diabos decidiu n?o me chamar para um maldito caso de assassinato? bradou da porta uma voz.
Billy e Alan se viraram para ver o recm-chegado.
Era Godfrey Malcolm, o delegado da Pol?cia Municipal de Perry.
Billy estendeu a m?o.
Pare, seu idiota! Se for entrar aqui, coloque os cal?ados de papel!
Por que diabos? berrou Malcolm.
Para voc? n?o contaminar a cena do crime! Como conseguiu esse emprego, afinal? Chupou alguns membros da C?mara?
Malcolm fuzilou o xerife com o olhar, mas sem dizer nada. Seus olhos estavam injetados e seu nariz estava vermelho vivo por causa da bebedeira cont?nua.
Finalmente, Malcolm apoiou-se b?bado na moldura da porta, mal conseguindo se equilibrar enquanto colocava um par de chinelos de papel e entrava na sala.
Quando o delegado de pol?cia viu o que havia sido feito, vomitou por todo o ch?o.




Cap?tulo 3


Voc? acha que isso finalmente far com que a C?mara Municipal de Perry o demita? perguntou Alan, sentado no escritrio de Billy.
Com certeza espero que sim!
Quando Malcolm vomitou na cena do crime, Billy prendeu o delegado de pol?cia por embriaguez p?blica. Ele havia submetido o policial a todo o processo de pris?o, incluindo inspe??o de orif?cios... para o caso de Malcolm ter algum contrabando, claro.
Malcolm, por sua vez, percebeu que havia estragado uma cena de assassinato e estava arrependido... at a inspe??o de orif?cios come?ar.
Ningum vai enfiar nada na minha bunda! rugiu Malcolm.
Vrios policiais contiveram o delegado de pol?cia, e o carcereiro conduziu o exame conforme as instru??es e com bruto entusiasmo.
O xerife ent?o ordenou que Malcolm fosse colocado em uma cela particular.
Billy disse a ele:
Fique contente por eu colocar voc? em uma cela particular, e n?o na ala geral! Agora cale a boca e deite na cama!
Godfrey Malcolm, manso e submisso, sentou-se na cama da cela.
Quanto tempo voc? planeja deix-lo l, Billy?
Alan sorria.
Dez anos!
Billy estava com raiva.
Alan riu alto.
Billy olhou para o velho amigo e come?ou a rir tambm.
Ah, merda, provavelmente apenas vinte e quatro horas. Mas eu prestarei queixa. O n?vel de lcool no sangue era de zero ponto doze, e isso considerado estar b?bado em qualquer estado.
***


KATIE, QUERO QUE VOC? e eu tentemos entrar em contato com algumas... outras intelig?ncias. Precisamos descobrir se esse assassino sobrenatural ou humano.
Margo Sardis estava sentada ? mesa da cozinha de Kate. Sua bengala com detalhes em prata estava plantada firmemente entre as pernas amplas, suas m?os enrugadas descansavam sobre o pegador. Katie mexia no forno, colocando para assar um bolo de morango. Ela olhou para a tia.
Margo Sardis era tia-bisav de Katie Ballantine Blake. A irm? de Margo tinha sido bisav de Katie, o que fazia de Katie uma Sardis... e uma bruxa, assim como a filha de Katie, Carol Grace. Katie havia descoberto recentemente esse fato, e Margo ficou encantada por finalmente compartilhar seu conhecimento com membros da fam?lia, que colocariam a magia em bom uso.
Bruxas n?o s?o boas nem ms Margo disse uma vez Eu tenho um certo relacionamento com Deus, e com seu inimigo tambm. Sou simplesmente... uma bruxa. Nem mais, nem menos. Katie, as bruxas s?o definidas por suas personalidades... assim como todo mundo.
Quando disse que precisava entrar em contato com outras "intelig?ncias", Katie n?o tinha certeza se Margo se referia a boas intelig?ncias... ou ms.
Que outras intelig?ncias, Tia?
A boca de Margo se tornou uma linha sombria.
Ambas.
Katie virou-se para Margo.
Tem certeza?
Margo assentiu.
E talvez precisemos... question-los.
Katie parecia alarmada.
Tem certeza de que dever?amos?
Somente se for necessrio. N?o quero acordar essa coisa em particular sem necessidade. Mas continua sendo uma possibilidade, Katie.
Margo balan?ou a cabe?a em desgosto.
Se eu n?o tivesse dado a Ricky Jackson o que ele pediu... e sim o que eu sabia que ele queria... Aquela porta para o Inferno nunca teria sido aberta!
Katie foi at a mesa, sentou-se e colocou uma caneca de caf na frente de cada uma delas.
Voc? n?o me disse que as coisas do Inferno costumam vir ao nosso plano de exist?ncia o tempo todo? Eles n?o teriam chegado aqui de qualquer maneira?
Margo balan?ou a cabe?a.
Sim, elas costumam, doce sobrinha. Mas n?o em tal quantidade! Ainda n?o acredito que deixei o orgulho me cegar dessa maneira!
Katie deu um tapinha na m?o da idosa.
guas passadas, Tia. N?o podemos fazer nada a respeito agora.
Margo murmurou:
, acho que n?o.
As duas mulheres ficaram em sil?ncio por alguns momentos, bebendo seu caf.
Com uma voz baixa e ansiosa, Katie perguntou:
O que eu preciso para o feiti?o de chamar outras intelig?ncias, Tia?
Margo sorriu e contou a ela.
***


O TURNO DE PHOEBE NA Mackie's come?ara havia uma hora.
Os clientes eram poucos e dispersos nesta manh? de dia ?til. As coisas acelerariam mais tarde, mas Phoebe aproveitou esse tempo para espanar as caixas registradoras, estocar as sacolas e colocar novos estoques para compras por impulso nas prateleiras prximas ?s filas do caixa.
Phoebe estava t?o absorta em seus pensamentos enquanto estocava as prateleiras de doces e impulsos, que um cliente precisou pigarrear alto para chamar sua aten??o.
Assustada, Phoebe se virou e viu Tom Selleck parado na fila do seu caixa. Ou melhor, um Tom Selleck jovem .
Ah, eu sinto muito! Eu estava perdida em meus pensamentos e n?o te vi! disse Phoebe, enquanto corria para o caixa.
O homem abriu um grande sorriso que clareou o ambiente como uma l?mpada de 100 Watts, pelo brilho de seus dentes brancos. Phoebe at pensou ter realmente visto um brilho de luz refletido neles.
Sem problemas. N?o tenho pressa alguma.
Phoebe come?ou a passar as compras.
Nunca te vi por aqui. Est s de passagem?
O homem sorriu.
N?o, planejo ficar por um tempo. Na verdade, estou procurando uma casa com um pre?o justo para comprar.
Phoebe, ainda passando as comprar, disse:
Ah, n?o posso ajud-lo com isso. Mas temos uma imobiliria na cidade, a Anderson Imveis. Fica alguns quarteir?es a leste da Pra?a do Frum.
O homem assentiu.
Obrigado. Talvez um dos meus funcionrios j esteja l.
Phoebe verificou os n?meros exibidos em azul na tela.
Cinquenta e sete dlares e trinta e dois centavos, senhor.
O homem deu a ela tr?s notas de vinte e Phoebe contou o troco. Ao entreg-lo ao homem, ela disse:
Obrigado, senhor. Volte sempre ? Mackie's!
Com certeza voltarei. Muito obrigado novamente!
O homem pegou suas sacolas com uma m?o e acenou com a outra.
Phoebe se pegou imaginando quem seria aquele homem.
***


VOC? TROUXE?
Mary Smalls estava quase pulando de emo??o.
Carol Grace Montgomery, que logo ser Carol Grace Blake, assentiu.
Eu trouxe.
Aaaaa, deixa eu ver!
As meninas estavam em um intervalo entre aulas no Colgio de Perry. Ambas eram calouras da nona srie e ambas tinham treze anos.
Eu n?o sei. Talvez dev?ssemos esperar at o almo?o.
Ah, pelo amor de Deus, Carol Grace!
Mary estava quase esmagando as m?os de tanta emo??o.
Carol Grace pareceu considerar at que, finalmente, deu de ombros.
Por que n?o? Provavelmente nem funciona mesmo.
A adolescente enfiou a m?o na mochila. Quando ela retirou a m?o, segurava um pequeno graveto com as dimens?es aproximadas de uma baqueta. No entanto, parecia mais uma longa cavilha de madeira que uma baqueta, pois as duas extremidades eram retas.
Mary olhou para o graveto, quase com decep??o.
isso a??
Carol Grace assentiu.
Essa a varinha que a Tia Margo lhe deu?
sim.
Posso segurar?
Carol Grace entregou a varinha para Mary.
Os olhos de Mary se arregalaram quando sentiu um forte formigamento correr por sua m?o e bra?o.
Uau! Essa coisa forte, n?
sim. Me assustei na primeira vez que a segurei, mas Tia Margo disse que ela reage ? magia dentro de cada um. Ela disse que quase como um choque eltrico.
Mary assentiu vigorosamente.
Foi o que imaginei no come?o! Parecia que eu tinha agarrado uma cerca eltrica!
Ela examinou a varinha em todos os ?ngulos. Ent?o olhou para Carol Grace.
E agora? O que a gente faz com isso?

.
.
, (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=51834754) .
Visa, MasterCard, Maestro, , , , PayPal, WebMoney, ., QIWI , .